"Até que ponto o amor vale a pena?"
O amor é uma energia que move o mundo, mas será que ele sempre nos leva aonde precisamos estar? Recentemente, me peguei questionando até que ponto o amor vale a pena quando nossas realidades não se alinham.
Uma youtuber que acompanho compartilhou uma experiência que me fez refletir profundamente. Ela escolheu ficar sozinha por três anos, um período em que percebeu que sua realidade era de escassez profunda — seja de tempo, energia ou recursos — e que não poderia dividir suas forças com outra pessoa naquele momento. Em vez disso, decidiu focar em seus novos sonhos, investindo naquilo que realmente fazia sentido para seu crescimento pessoal e profissional. Sua coragem em escolher o próprio caminho é inspiradora.
No meu caso, também me vejo diante de uma situação desafiadora. Amo uma pessoa, mas percebo que não ressoamos em ideias, projetos ou na forma como vemos a vida. Isso me leva a perguntar: até que ponto vale a pena amar, quando esse amor exige abrir mão de partes importantes de quem somos ou dos nossos sonhos? Até que ponto o amor pode ser uma ponte para algo maior, e quando ele se torna um peso que nos afasta do nosso próprio caminho?
Às vezes, o amor nos distrai. Dedicamos muito tempo para estar presentes na vida de quem escolhemos, e quando isso é recíproco, com apoio mútuo nos outros pilares da vida, tudo bem. Mas quando caminhamos em direções diferentes, a conta não fecha. O desequilíbrio se instala, e, em vez de nos fortalecer, o amor pode acabar nos desviando do que realmente precisamos construir.
Talvez o amor verdadeiro não esteja em resistir a quem somos para caber na vida de outra pessoa, mas em entender que amar também é um ato de respeito por nossos próprios limites e sonhos. O autocuidado é essencial nesse processo: é a base que nos permite discernir se estamos nos fortalecendo ou nos perdendo em nome do amor.
No fim, o amor que vale a pena é aquele que não nos impede de crescer, mas que nos impulsiona a sermos a melhor versão de nós mesmos — seja ao lado de outra pessoa ou caminhando sozinhos por um tempo. Amar é bonito, mas não deve ser às custas de quem somos ou dos sonhos que nos mantêm vivos.

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